quinta-feira, 17 de abril de 2014

MOÇÃO SECTORIAL "CONSTRUIR PELAS BASES, FAZER MILITÂNCIA"



A moção sectorial, “Construir pelas bases, fazer militância”, subscrita por filiados de Aveiro, foi aprovada por maioria no Congresso do PAN, realizado no último fim de semana em Lisboa. Apesar deste bom resultado, ficou demonstrada a timidez do Partido em assumir a pertinência destes apelos e as insuficiências que temos vindo a registar ao nível do relacionamento entre órgãos nacionais e a dinâmica local, tendo sido também claro que a moção desagradou à Direção Nacional. Na verdade, se dependesse apenas dos elementos que constituem este órgão, a moção não teria passado.
Talvez não tenha ficado claro que o apelo é feito nos dois sentidos. Uma moção não fala necessariamente aos órgãos nacionais. Esta moção pretendeu falar a todo o Partido. É uma moção simples que não caiu na tendência da enunciação de um conjunto de generalidades inexequíveis. Revela objetividade, pragmatismo, e anuncia um conjunto de necessidades concretas ao nível da representação territorial do PAN e da sua unidade, sem as quais julgo ser impossível fazer crescer este movimento. É apenas um degrau indispensável à longa escada que escolhemos subir. Não pretendeu realizar nenhum escrutínio prévio em torno da ação dos órgãos nacionais. Se requeremos maior presença da liderança, significa que não só a DN tem que envidar esforços no sentido de avaliar o que tem feito, mas também cabe-nos a nós todos, com sentido autocritico, rever os procedimentos ao nível local e regional e a forma como temos potenciado, ou não, a disponibilidade do Presidente do Partido.
A rejeição desta moção por parte da Direção Nacional tem, obrigatoriamente, uma leitura política. Significa que a maioria do Partido está pronta para avançar com estas medidas, mas também quer dizer que as mesmas não serão implementadas se dependerem do impulso da Direção Nacional. Ficou claro que a Direção Nacional não pretende fazer parte da solução, mantendo uma postura autista e defensora de um feudo que não terá força suficiente para motivar e entusiasmar o PAN. O Partido deu clara resposta e requereu um líder, que nos possa inspirar e deslumbrar. O Presidente do Partido preferiu manter-se no mesmo registo, refugiado num discurso de chefe que delega.
É evidente que serão os militantes verdadeiramente interessados no crescimento do PAN que vão colocar na sua ação todo o esforço necessário para edificarmos estes passos. No fundo, foi a eles que esta moção se dirigiu.

Rui Medeiros Alvarenga,
 Delegado ao III Congresso do PAN por Aveiro, subscritor da Moção Sectorial “Construir pelas bases, fazer militância”.


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